segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Síndrome Metabólica


A Síndrome Metabólica é um transtorno complexo, representado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, usualmente relacionado à deposição central de gordura e à resistência à insulina, aumentando a mortalidade geral em cerca de 1,5 vezes e a cardiovascular em cerca de 2,5 vezes.



Com o aumento da prevalência de obesidade e consequentemente de indivíduos com um conjunto de desordens metabólicas, há a instalação da Síndrome Metabólica, que, por sua vez, promove maior risco em desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares. Sem dúvida, um dos pilares na busca pelo controle e cura da doença é o cuidado com a alimentação no tratamento e acompanhamento do paciente. O planejamento dietético efetivo para esse indivíduo inclui a avaliação dos hábitos alimentares, das preferências, aversões, bem como da quantidade consumida de macro e micronutrientes.
A epidemia de obesidade que estamos vivendo é a maior responsável pelo aumento da prevalência de Síndrome Metabólica. Especial atenção têm-se dado para a gordura visceral abdominal, pois esta faz parte da "SM" e está relacionada com os demais componentes desta Síndrome (dislipidemia, hipertensão arterial, diabetes).

No acompanhamento do paciente com Síndrome Metabólica, deve-se desmistificar as fórmulas mágicas de tratamento, informando sobre o uso racional dos medicamentos, avaliando e orientando os pacientes nas diferentes enfermidades e situações.


  • Obesidade: O tratamento da obesidade é complexo e requer grande empenho e boa adesão por parte dos pacientes, e coesão da equipe de saúde, para que os objetivos sejam alcançados com sucesso. Para combater/tratar a obesidade é preciso haver mudanças no estilo de vida, entre elas a prática de atividades físicas regulares e frequentes; terapia comportamental e uma dieta para perda de peso moderada e progressiva.
          - Evite excessos;
          - Substitua refinados (brancos) por integrais;
          - Evite o consumo de refrigerantes e frituras;
          - Substitua leite integral pelo desnatado;
          - Consuma carne vermelha com moderação (1 a 2 vezes por semana);
          - Abuse dos vegetais folheosos;
  • Dislipidemia: A dislipidemia é o aumento dos lipídeos no sangue (colesterol, triglicerídeos..). O consumo de alimentos ricos em gordura e em açúcar, além do excesso de álcool e embutidos aumentam os riscos de desenvolver a doença. Para evitá-la, é preferível o consumo de peixes, cereais integrais, leite e iogurtes desnatados, assim como aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras.
  • Hipertensão Arterial: O desenvolvimento da Hipertensão Arterial é multifatorial e resulta da interação de fatores genéticos e ambientais, como obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de sódio e estresse. Os níveis de pressão arterial estão fortemente associados à obesidade visceral e resistência à insulina, que é a principal  característica fisiopatológica da Síndrome Metabólica. Para combater a hipertensão, algumas modificações na própria fabricação dos alimentos são necessárias, como, por exemplo, substituir o uso do sal por especiarias e temperos naturais; evitar temperos prontos e alimentos prontos para o consumo, que também costumam ter uma dosagem alta de sódio; adotar uma dieta rica em carnes brancas e frescas, cereais integrais, frutas, nozes e castanhas e praticar exercícios regulares ajudam a normalizar os níveis de pressão arterial.
  • Diabetes mellitus: É definido, em especial o tipo 2, por valores alterados da glicose ocasionados pela deficiência na produção e/ou ação do hormônio insulina. O consumo de alimentos com elevado índice glicêmico poderia levar a uma exaustão das células pancreáticas, onde é produzida a insulina, levando a uma hiperglicemia. O contrário, ou seja, o consumo de alimentos com uma baixa carga glicêmica, associado a um elevado consumo de fibras, é capaz de reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes mellitus.
A dieta pode exercer um papel fundamental tanto nos componentes individuais como na prevenção e controle da Síndrome Metabólica. Dados recentes associam a presença de "SM" ao menos consumo de grãos integrais, frutas e vegetais. Há uma estreita relação entre estes alimentos e as fibras alimentares e é provável que as fibras do tipo solúvel estejam mais diretamente relacionadas a estes efeitos.

Previna-se!Pratique atividades físicas regularmente e adote hábitos saudáveis.


FONTE: Nutrição e Síndrome Metabólica,Gosttschall C.B.A,Busnello F.M. e aulas G.R.A UFCSPA.






         
         


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