domingo, 20 de novembro de 2011





Vitaminas e Minerais






Para que o nosso metabolismo funcione de forma satisfatória, precisamos suprir algumas necessidades diárias de nutrientes essenciais, ou seja, que não somos capazes de produzir sozinhos. Para isso, buscamos nos alimentos as principais vitaminas e minerais envolvidos no metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios, indispensável para a produção de energia e construção tecidual do nosso corpo.

As vitaminas são compostos orgânicos extremamente frágeis, que podem ser facilmente destruídas pelo calor, ácidos, luz e certos metais. Existem vitaminas que exigem a presença lipídica para sua solubilidade e degradação no organismo, as chamadas lipossolúveis, presentes na maioria dos alimentos ricos em gordura, como carnes, lácteos e óleos. As vitaminas hidrossolúveis são as que dissolvem em água, ou seja, são mais facilmente absorvidas no nosso organismo por não necessitarem de gordura ou outro nutriente além da água, presente naturalmente no corpo e na maioria dos alimentos crus, onde essas vitaminas são frequentemente encontradas. Entre as Lipossolúveis estão:


  • Vitamina A: Esse micronutriente tem grande importância para a nutrição do globo ocular. Age como antioxidante, mas em excesso é prejudicial para o organismo. Encontramos em alimentos como cenoura, laranja, abóbora. Carência: Cegueira noturna.

  • Vitamina D: Esse micronutriente promove a absorção de cálcio, ajudando no desenvolvimento de ossos e dentes. Encontramos em peixes, alimentos lácteos e ovos. Carência: Raquitismo.

  • Vitamina E: Esse micronutriente tem grande ação antioxidante, protegendo o organismo de reações de processos metabólicos e agentes tóxicos. É encontrado em soja, amendoim, vegetais verde-folhosos. Carência: Esterilidade e problemas neuronais.

  • Vitamina K: Esse micronutriente apresenta importância na coagulação sanguínea. Podemos encontrar em alimentos como tomate, brócolis, couve-flor. Carência: Hemorragias.


As Hidrossolúveis:


  • Vitamina C ou Ácido Ascórbico: Esse micronutriente auxilia o sistema imune, ajuda na absorção de ferro e tem ação antioxidante. Pode ser encontrado na laranja, acerola, goiaba. Carência: Escorbuto.

  • Complexo B: Conjunto de micronutrientes que ajudam a manter saudável os nervos, pele, olhos, aparelho gastrointestinal. Encontramos esses elementos em arroz integral, feijão, lentilha e outros cereais, além dos alimentos crus no seu geral. Os principais compostos deste complexo são:
- Vitamina B9 ou Ácido Fólico: Também conhecido como Folato, atua na formação de glóbulos vermelhos, previne defeitos congênitos na gravidez e previne câncer.

- Vitamina B12 ou Cobalamina: Tem função indispensável na formação do sangue (células vermelhas), previne problemas cardíacos e ajuda na manutenção do sistema nervoso. Podemos encontrar principalmente em carnes e ovos.


Assim como as vitaminas, os minerais também têm função essencial na síntese enzimática e metabolismo normal do nosso corpo. Os minerais são substâncias inorgânicas que constituem a maioria dos tecidos duros do corpo, como ossos, dentes e unhas, mas também compõem músculos, células sanguíneas e sistema nervoso. Os principais deles:

  • Cálcio (Ca): É um dos elementos mais abundantes do organismo. Atua na formação de ossos e dentes, coagulação sanguínea, ativação de enzimas, condução de impulsos nervosos e contração muscular. Encontrado principalmente em produtos lácteos, na gema do ovo e na casca do gergelim. Carência: Osteoporose e retardo de crescimento.

  • Magnésio (Mg): Encontrado nos ossos, músculos, tecidos moles e líquidos extracelulares, é necessário para a atividade normal das enzimas e para o uso de energia. Estimula o crescimento de ossos e é fundamental para a função normal do cálcio. Podemos encontrá-lo em alimentos verdes folhosos, nozes e cereais integrais. Carência: Espasmos musculares, irritabilidade e perda de apetite.

  • Sódio (Na): Representa 1% do peso corporal ou 70g para um homem adulto. Age equilibrando os líquidos corporais e impede o endurecimento do cálcio e do magnésio, o que pode levar a cálculos biliares. Tem importante função no controle da pressão arterial e em excesso pode contribuir para a hipertensão. Carência: Muito rara, ocasiona letargia e fraqueza. Encontramos o sódio facilmente no chamado sal de cozinha e em alimentos industrializados.

  • Ferro (Fe): É muito importante na formação da hemoglobina, oxidação celular e participa de reações enzimáticas. É encontrado em carnes, vegetais verdes e principalmente nas leguminosas como o feijão. A carência deste mineral causa anemia.


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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Síndrome Metabólica


A Síndrome Metabólica é um transtorno complexo, representado por um conjunto de fatores de risco cardiovasculares, usualmente relacionado à deposição central de gordura e à resistência à insulina, aumentando a mortalidade geral em cerca de 1,5 vezes e a cardiovascular em cerca de 2,5 vezes.



Com o aumento da prevalência de obesidade e consequentemente de indivíduos com um conjunto de desordens metabólicas, há a instalação da Síndrome Metabólica, que, por sua vez, promove maior risco em desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares. Sem dúvida, um dos pilares na busca pelo controle e cura da doença é o cuidado com a alimentação no tratamento e acompanhamento do paciente. O planejamento dietético efetivo para esse indivíduo inclui a avaliação dos hábitos alimentares, das preferências, aversões, bem como da quantidade consumida de macro e micronutrientes.
A epidemia de obesidade que estamos vivendo é a maior responsável pelo aumento da prevalência de Síndrome Metabólica. Especial atenção têm-se dado para a gordura visceral abdominal, pois esta faz parte da "SM" e está relacionada com os demais componentes desta Síndrome (dislipidemia, hipertensão arterial, diabetes).

No acompanhamento do paciente com Síndrome Metabólica, deve-se desmistificar as fórmulas mágicas de tratamento, informando sobre o uso racional dos medicamentos, avaliando e orientando os pacientes nas diferentes enfermidades e situações.


  • Obesidade: O tratamento da obesidade é complexo e requer grande empenho e boa adesão por parte dos pacientes, e coesão da equipe de saúde, para que os objetivos sejam alcançados com sucesso. Para combater/tratar a obesidade é preciso haver mudanças no estilo de vida, entre elas a prática de atividades físicas regulares e frequentes; terapia comportamental e uma dieta para perda de peso moderada e progressiva.
          - Evite excessos;
          - Substitua refinados (brancos) por integrais;
          - Evite o consumo de refrigerantes e frituras;
          - Substitua leite integral pelo desnatado;
          - Consuma carne vermelha com moderação (1 a 2 vezes por semana);
          - Abuse dos vegetais folheosos;
  • Dislipidemia: A dislipidemia é o aumento dos lipídeos no sangue (colesterol, triglicerídeos..). O consumo de alimentos ricos em gordura e em açúcar, além do excesso de álcool e embutidos aumentam os riscos de desenvolver a doença. Para evitá-la, é preferível o consumo de peixes, cereais integrais, leite e iogurtes desnatados, assim como aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras.
  • Hipertensão Arterial: O desenvolvimento da Hipertensão Arterial é multifatorial e resulta da interação de fatores genéticos e ambientais, como obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de sódio e estresse. Os níveis de pressão arterial estão fortemente associados à obesidade visceral e resistência à insulina, que é a principal  característica fisiopatológica da Síndrome Metabólica. Para combater a hipertensão, algumas modificações na própria fabricação dos alimentos são necessárias, como, por exemplo, substituir o uso do sal por especiarias e temperos naturais; evitar temperos prontos e alimentos prontos para o consumo, que também costumam ter uma dosagem alta de sódio; adotar uma dieta rica em carnes brancas e frescas, cereais integrais, frutas, nozes e castanhas e praticar exercícios regulares ajudam a normalizar os níveis de pressão arterial.
  • Diabetes mellitus: É definido, em especial o tipo 2, por valores alterados da glicose ocasionados pela deficiência na produção e/ou ação do hormônio insulina. O consumo de alimentos com elevado índice glicêmico poderia levar a uma exaustão das células pancreáticas, onde é produzida a insulina, levando a uma hiperglicemia. O contrário, ou seja, o consumo de alimentos com uma baixa carga glicêmica, associado a um elevado consumo de fibras, é capaz de reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes mellitus.
A dieta pode exercer um papel fundamental tanto nos componentes individuais como na prevenção e controle da Síndrome Metabólica. Dados recentes associam a presença de "SM" ao menos consumo de grãos integrais, frutas e vegetais. Há uma estreita relação entre estes alimentos e as fibras alimentares e é provável que as fibras do tipo solúvel estejam mais diretamente relacionadas a estes efeitos.

Previna-se!Pratique atividades físicas regularmente e adote hábitos saudáveis.


FONTE: Nutrição e Síndrome Metabólica,Gosttschall C.B.A,Busnello F.M. e aulas G.R.A UFCSPA.